quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Mutirão e Camaradagem - Para Mudar o Mundo

Sensacional! Essa é do Rubens Pires Osorio. A ideia é bem por aí mesmo! Lá vai:

"Imagine que não há empregos...
     (mas também não há desemprego).
É fácil, se você tentar.
Sem patrões, sem funcionários.
Mandando em nós apenas a consciência."
     (Paráfrase da canção "Imagine", de John Lennon)

O nome dessa ideia? Mu-ti-rão!
Coisa antiga, há muito usado por tanta gente, pelo mundo inteiro, com grande sucesso. Todos participam em tudo, fazendo o que sabem, contribuindo com o que podem, para o benefício de alguém e de todos.
Uma hora você será o chefe, outra hora será apenas um reles subalterno; uma hora dará as ideias, outra só seguirá instruções... mas sempre será uma parte importante de um projeto de TODOS.

Para que isso seja possível, é necessário que uma ligação interpessoal forte se estabeleça entre os membros dessa comunidade. Muitas vezes na História essa ligação aconteceu através de vínculos religiosos (como nas comunidades Amish, nos EUA ou Canudos, no Brasil), políticos (comunidades socialistas e/ou anarquistas do início do séc XX), raciais (como os "kibutz" israelenses ou os "quilombos" brasileiros), ou por necessidade (como a comunidade contemporânea mineira "Noiva do Cordeiro").
Proponho que o vínculo necessário seja a "Camaradagem". Se você não captou bem o conceito, remeto-o para o texto "A cidade invisível sobre o monte", de Paulo Brabo, que explica melhor do que eu jamais terei capacidade - ou disposição - o que seja o termo "camaradagem".

Munidos do binômio Mutirão-Camaradagem, a nossa sociedade pós-moderna, pós-industrial, pós-financeira e pós-tecnológica (em decorrência dos movimentos insurgentes tipo "Occupy Wall Street", "15-O", etc), poderá, então, desenvolver-se como, simplesmente, sociedade humana.

Salvo engano.


Confira mais do belo conteúdo do Rubens Osorio: http://rubensosorio1.blogspot.com/

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

A agenda política não inclui o meio ambiente

Nos nossos países, a agenda política está tomada basicamente pelo tema político (como ter mais poder político ainda) e pelo econômico (idealizar medidas demagógicas que entretêm as pessoas, ou pelo menos fazem elas acreditarem nisso).

O tema ambiental é muito esquecido, se não inexistente. Não passa na cabeça dos "grandes líderes" das nações que a preservação(ou sua antítese), também afeta a qualidade de vida deles mesmos.

Me vem a mente um outro fator, a falta de educação, e generalizo para a grande maioria de nossos países, que tentam manter a massa ignorante à base da política do pão e circo. Assim, eles acham que podem estar mais tranquilos na sua gestão governamental.

Há muito tempo que os proprietários dos meios de comunicação tratam apenas de desemprego, insegurança, catástrofes naturais ou feitas pelo homem(a maioria), a crise e nada mais. Não existem boas notícias no que se diz respeito à ações concretas em benefício da ecologia(incluindo a ecologia urbana). E eles não percebem que um pilar fundamental para melhorar a nossa expectativa de vida vem de ações ligadas ao meio ambiente.

Este ano, teremos eleições em vários países. Mas sendo sinceros, quantas promessas existem tendo em vista a proteção do nosso habitat? Se existir alguma, são as exceções. O tema ambiental não consegue marcar pontos políticos, não ajuda a ganhar votos(isso acreditam os governantes), não vende e não importa. Este pensamento é sem dúvida primitivo, grosseiro e sem noção do que seja revolucionário.

É por essas atitudes que ainda não surgiram agrupações políticas "verdes" no nosso continente como existe na Europa. Ou se chegassem a surgir, seriam absorvidas pelos partidos tradicionais e seus membros seriam tachados de hippies e terroristas ambientais. Pois não, não é esta a ideia. Pode ser um partido qualquer, mas que baseie sua filosofia partidária em mellhorar a qualidade de vida das pessoas correspondentes à esse estilo de vida sustentável.

Uma sociedade organizada, que conseguiu vencer a falta de educação forçada e calculada pelos políticos para nos mantermos no poço da ignorância, tão cruel cálculo, se converterá numa arma poderosa que poderá eleger democraticamente os candidatos que demonstrem compromisso nesta matéria. Mas pena que a natureza do homem ser propenso à corrupção não é uma tarefa fácil. Claro que existem algumas exceções, mas estes serão ou estão mortos, em constante ameaça, ou em um asilo, literalmente.

Eu confio às cegas e defendo a minha tese de que uma sociedade educada se fará respeitar ante qualquer político oportunista ou mentiroso, não cairá tão facilmente em promessas de mudanças, não será tentado pelos questionáveis prêmios de fidelidade que só beneficiam um ser e não todo aparato produtivo.

Uma sociedade educada poderá discernir se é ou não importante cuidar de nossos recursos naturais, exigir o direito ao acesso de água limpa, pedir que a qualidade do ar que respiramos não seja poluída, que utilizemos de forma correta terrenos improdutivos, e que por fim, sejamos felizes onde quisermos.

Não percamos a fé nem as esperanças, nada cairá do céu, somos nós que devemos lutar por nossos objetivos e encurralar os políticos atuais para o cumprimento de nossas necessidades. Nos tomará tempo, mas certo de que seremos bem sucedidos. Por nós, pelos nossos filhos e pela nossa Mãe-Terra.

Confira o texto original em: http://www.natura-medioambiental.com/2012/01/la-agenda-politica-no-contempla-el.html

Não à repressão contra o protesto das minas em Catamarca


Cidades sitiadas, pessoas detidas, invasões, e intervenção da rádio comunitária.

“Soberania sobre as Malvinas e trânsito livre nas cordilheiras.”
CONVITE À COMUNIDADE INTERNACIONAL E INSTITUIÇÕES DE DIREITOS HUMANOS, organizações sociais, artistas, jornalistas, cidadãos, todos:

Após os eventos de La Rioja, com os protestantes de Famatina e Chilecito, mais vozes são criadas em defesa da vida e contra a mega poluição da água pura.

Na província da Argentina, Catamarca, protestantes realizam barreiras seletivas para proibir a passagem de caminhões de empresas mineradoras que transportam substâncias tóxicas e explosivas, além de carros de operadores da região como é o caso da companhia Bajo La Alumbrera de Xtrata Cooper, que está há mais de 15 anos operando no país e afetando em seu trajeto desde Catamarca, até o porto San Lorenzo em Rosario(província de Santa Fé), onde a multinacional tem concessão para extrair os minerais e exportar para o exterior. A mineradora utiliza mais de 100 milhões de litros de água limpa por dia, e milhares de toneladas de explosivos diariamente.

A rota de mineração da Bajo La Alumbrera, afeta mais de cinco províncias argentinas, e a população que as compõem estão protestando e se manifestando. Entretanto, o governo nacional e provinciano, opta pela repressão aos povos manifestantes.

Os povos de Belen(Catamarca), Tinogasta(Catamarca), Amaicha del Valle(Tucuman), se veêm afetados diretamente pela mineradora Bajo La Alumbrera com secas, doenças e poluição.
Na cidade de Algandalá, os vizinhos convocados para o protesto El Algarrobo, que sofreu em fevereiro de 2009 uma violenta repressão, se opõem aos projetos de mineração Agua Rica, Pilciao 16 e Filo Colorado que pretendem instalar-se na região, e vão manter sua forte posição além de apoiar cidades vizinhas. A rádio de El Algarrobo, passou a transmitir os acontecidos, devido ao silêncio das autoridades locais, entretanto passaram a ocorrer intervenções oficiais na rádio.
Com este tipo de ação, o governo argentino demonstra sua aliança com empresas mineradoras, sustentando-as com leis nacionais de mineração, com a falta de cumprimento das leis das geleiras e áreas glaciais, com repressão direta dos cidadãos, com a sanção da lei ''Antiterrorista'', com os meios de propaganda em favor da pressão, mineração, ameaças, perseguição do protesto, criminalização do protesto, além da censura e evasão do tema.

Diante destes fatos que atentam contra a segurança democrática e ao estado de Direito, convocamos a solidariedade de organizações sociais e de direitos humanos, mídias alternativas, jornalistas, artistas, cidadãos e cidadãs, homens, mulheres, lutadores, lutadoras, para repudiar todos os atos que não respeitem os direitos humanos e políticos da atualidade.
Confira o texto original e na íntegra, com mais informações em: http://www.manuchao.net/fr/new/no-a-la-mina-represion-en-catamarca/